Percursos Escolar
Fui viver para França aos 7 anos. Fiz a primária na escola “Ecole Château Fraisier” dos 7 aos 12, porque a primária lá e de 5 anos.
A língua era nova mas havia mais Portugueses na turma como tal a adaptação não foi tão complicada. O 6º ano fi-lo noutra escola “Ecole Leon Brulon”.
No primeiro ano, da primária passava as aulas a falar com a parceira do lado. Um dia a professora meteu-me fita-cola na boca para eu me calar, mas correu mal para a professora, porque fiz alergia, e então, os meus pais tiveram de ir a escola, e a professora explicou-lhes que era apenas para tentar calar-me um pouco. Em França essa atitude da professora poderia ter-lhe custado a profissão. A partir dessa data a professora entendeu que eu não estava a falar com a colega, mas sim a perguntar o que era que a professora tinha dito, pois eu tinha necessidade de compreender o que estava a fazer.
Aos 13 anos regressei a Portugal mas não continuei a estudar.
Passados uns anos voltei ao ensino fiz o exame ADOC para ver as minhas capacidades. Foi-me atribuído o 6º ano, então voltei a estudar, na Escola Secundária de Caldas de Vizela onde fiz o 7º,8º,9º,10ºe 11º ano no “Curso Complementar de Contabilidade e Administração ” em regime nocturno com 13 valores no final do curso, o que para mim foi muito proveitoso, mas foram 5 anos sempre a trabalhar. Éramos um grupo bastante unido, dedicado e estudioso, fui elegida pelos meus colegas porta-voz da turma. Sempre falei muito, por vezes favoreceu-me e por outro lado prejudicou-me.
Nas disciplinas de contabilidade e fiscalidade eu estudava pouco, porque gostava, e então a matéria fluía sem grande esforço. As minhas maiores dificuldades eram a matemática e o português, tinha que estudar muito. Fiz um trabalho sobre a biografia de Miguel Torga para melhorar a nota, no fim valeu a pena. Na matemática para além de não gostar e ter bastantes dificuldades, nunca tive muita sorte, pois só num ano tive 3 professores diferentes o que dificultou ainda mais a minha aprendizagem e diminui o meu interesse.
O que mais me arrependo foi de não ter concluído o Ensino Secundário. Mas naquela altura pensava de uma maneira diferente, o cansaço e constituição da família pesaram.
20 janeiro 2008
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